sexta-feira, 29 de maio de 2009

vida simples

Com a crise, tem aparecido um pouco por todo lado dicas para viver de uma forma mais sustentável. Na minha opinião, bem precisamos. O estilo de vida actual é caracterizado por um consumismo desenfreado. Compramos sem precisar. Aliás, toda a nossa vida gira em volta de comprar. Trabalhamos para ganhar dinheiro para poder comprar. Isto é ridículo. Principalmente porque não somos mais felizes com as coisas que compramos. A felicidade é tanto maior quanto a qualidade das nossas relações, segundo estudos já feitos na área. Mas isso será assunto para um post posterior.
Se olharmos com atenção, a nossa casa está cheia de coisas desnecessárias, coisas que praticamente nunca usamos, nem vamos usar. Temos os armários cheios de roupa que não usamos. O nosso telemóvel só tem um ano, funciona na perfeição, mas saiu aquele tão giro e cheio de novas funções (que não vamos usar e, se calhar, nem vamos saber usar). Aqueles pratos, copos, tachos que compramos porque nos iam dar tanto jeito e afinal usamos uma vez, na altura em que compramos. Etc, etc, etc.
Talvez esta crise, nos venha a dar uma nova forma de viver a vida. Deixar de desperdiçar. Fazermos como os antigos que encontravam formas de reutilizar as coisas vezes sem conta. Eu lembro-me de ter um casaco, que levou cotoveleiras, foi aumentado nos punhos, etc. Uma boa dica também, é tentar comprar as com a maior qualidade que pudermos, porque as coisas surgem aí muito baratas, mas que ao fim de duas ou três utilizações estão impróprias para usar. E, se pensarmos, isto é um desperdício terrivel, não só de dinheiro, mas de recursos do planeta. Existem muitas outras formas de evitar o desperdício, e de gastar menos, basta estarmos atentos. E um bom conselho, ouçam o que as pessoas mais velhas têm a dizer sobre como viviam e o que faziam. :)


Encontrei este texto na net, já o enviei a todos os meus contactos, mas acho-o tão útil que o deixo aqui para uma maior reflexão:


8 razões para ter uma vida simples

Existem estudos que dizem que não estamos mais felizes por termos a possibilidade de adquirir mais coisas na vida. Os habitantes dos países mais ricos são aqueles que têm mais “stress” e depressão, apesar de viverem em casa maiores e de terem mais acessórios do que alguma vez alguém teve, na história da humanidade. Estamos a ficar viciados no consumo, e isso obriga-nos a consumir mais, a ter as coisas maiores, mas caras, mais recentes e mais “fashion” do mercado. No entanto, o tempo passou a ser um dos bens mais preciosos para nós, porque para conseguirmos ter tudo o que pensamos ser necessário, necessitamos de dar em troca o nosso tempo e esforço pessoal. A pressão é cada vez maior.

Aqui ficam oito razões para o ajudar a optar por uma vida mais simples:

Prioridade para um estilo de vida satisfatório

A sua família e estilo de vida simples passam a ser a sua prioridade, em vez de andar sempre a correr atrás de um carro novo, uma piscina, uma casa maior… Em vez de se preocupar com o que os outros pensam de si, preocupa-se com aquilo que é importante na sua vida.

Valorizar o Tempo

O Tempo é actualmente considerado uma preciosa raridade, e deverá gastá-lo da forma que tenha maior significado para si. Se tiver uma casa mais pequena, não perderá tanto tempo em limpezas e arrumações, além disso não terá de perder mais horas num emprego para a poder pagar. Elimine também o tempo que passa em frente ao plasma, e foque-se no valor do seu tempo livre.

As suas coisas não obrigam à sua atenção

Tudo o que compra, para si e para a sua casa, necessita de atenção constante. Gasta tempo para comprar, usar, limpar, arrumar, trocar, arranjar, vender… Tudo isto obriga-o a ter mais preocupações e a gastar energia para poder dar conta de tudo o que tem e que pensa que é importante. Será mesmo necessário ter 3 telemóveis? Ou 2 leitores de MP3?

Livre-se do que não necessita, e gaste o seu tempo com aquilo que verdadeiramente lhe dá prazer. Use o tempo livre para passear ao ar livre.

Alcance mais com menos

Quando opta por uma vida mais simples, passa a ter menos preocupações, menos distracções e mais energia para gastar. Passa a caminhar mais lentamente pela vida e a pensar com maior clareza. Pode focar-se mais nos seus sentidos e traçar os objectivos que são realmente importantes para si, e uma vez que serão menos objectivos do que aqueles que iria traçar numa situação de consumismo, poderá atingir melhores resultados e mais rapidamente.

Se quer trocar a sua casa na cidade por uma casa mais próxima do campo, poderá alcançar mais facilmente o objectivo se não quiser, ao mesmo tempo, trocar de carro a cada dois anos.

A lei do retorno diminuto

Quanto mais coisas comprar ou quanto maior for a exposição a um determinado prazer (uma camisa nova, por exemplo) menor será a sua sensação de alegria ao longo do tempo. A excitação inicial desaparece rapidamente com a exposição frequente. Isto é muito frequente nas crianças quando recebem um presente novo.

Comprar mais coisas para se sentir melhor não lhe trará uma satisfação duradoura.

Preocupações com dinheiro reduzidas

Viver numa casa mais pequena e mais simples, mas suficiente para as suas necessidades, reduz as suas preocupações com dinheiro. Não tem de se preocupar com as flutuações nas taxas de crédito, é mais barata de aquecer ou arrefecer, necessita de menos mobília, menos limpezas, menos obras…

A sua auto-estima não está ligada às suas posses

Começa a perceber que o seu valor e o que o inspira a levantar-se diariamente, não são as coisas que tem, mas sim a alegria de viver o momento, na maior simplicidade. O vício do consumo não satisfaz a alma.

Consumo consciente

Ao libertar-se do vício do consumo, passa a ter um consumo consciente. Quanto mais simples for a sua vida, maior consciência tem na aquisição de um produto novo, mais o irá valorizar e desfrutar. Passará a querer comprar apenas produtos que não destruam o ambiente e que possam dar às futuras gerações uma vida sustentável.

7 comentários:

xana disse...

Um post muito oportuno. Para reflectir e colocar em prática.
Gostei do novo visual do blog.
bjs
xana

Ana disse...

Obrigada Xana. Mas a mudança do visual do blog não foi por vontade própria. Alguma coisa aconteceu ao modelo que tinha anteriormente porque as coisas deixaram de aparecer como eu queria. Quanto ao tema, é sem dúvida oportuno, era bom que toda a gente tivesse consciência do quanto. :)

isabel tiago disse...

Bom dia

Estive a ler este texto e concordo com a apreciação que faz sobre o consumismo. No fundo é a sociedade que gerámos. Eu, por opção e por desnecessário, decidi, há uns bons anos, evitar as chinezisses. Não só pelo consumismo do mais fraco que pode haver mas também porque estávamos a tirar oportunidade aos nossos e o resultado está à vista de todos...
Também, e de uma forma grave a minha casa está afectada por situação de semprego aos 56 anos e sem direito a subsídios...pois só quem passa por elas é que pode avaliar o que se sente nesta situação e considero que não éraos das pessoas tipo alarvistas no supermercado, nas roupas, no calçado, por exemplo. Não fumamos, nunca comprámos um perfume, pois não usamos,não somos de consumir bebidas caras, gostamos de uma garrafita de vinho de vez em quando e se assim não fosse não sei como sería possível sobrevivermos em condições aceitáveis. Em suma, aos cinquentas e tais, vivemos para contar os tostões (como se dizia antigamente).
Tenha um bom fim de semana e volte sempre...

Ana disse...

Olá Isabel, tenho pena que na sua família esteja a acontecer uma situação destas, deve ser desesperante, depois de tanto se ter trabalhado e lutado, ficar na incerteza do que se vai fazer a seguir. É preciso ter força, e não desistir.
Quanto ao cuidado de comprar coisas nossas, eu também faço o mesmo. Tento sempre que possível comprar o que é de Portugal, embora às vezes não seja fácil, de tal forma estamos invadidos por produtos estrangeiros. Produtos agrícolas portugueses são raros no mercado. Os nossos governantes quase que acabaram com a agricultura no nosso país. Temos de ser nós consumidores a tomar a iniciativa de lutar pelo que é nosso.

Tereclopes disse...

Novo visual muito bonito.
Quanto ao texto é muito oportuno e é bom que se reflicta sobre ele...
Beij.

Ana disse...

Olá Terec, eu não me canso de ler o texto. Tenho vontade de o decorar, para não me esquecer de nada. Quanto ao visual do blog, não sei o que se passou, o modelo inicial começou a aparecer todo esquisito e por isso tive de mudar, os que tenho experimentado não são exactamente como queria. Vamos ver se fica agora assim. É que com estas brincadeiras passa-se imenso tempo. :)
Beijinhos

CrisB disse...

Tricotes, hoje vim aqui espreitar a ver se já tinhas um novo espaço. E vejo que sim, e pelo que vi estou a gostar.
Vou ler tudo com mais atenção, pois foquei-me só neste post, muito interessante por sinal.
Nos dias que correm, é muito difícil fazer as pessoas perceberem a simplicidade das coisas, o não ter que ter tudo. Como diz o teu texto ganha-se para comprar. E tudo o resto passa ao lado.
É uma pena, mas grande parte das pessoas pensa assim.
Bom regresso
Um beijinho
Cris