Quando encontrar alguém...

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR!

Carlos Drummond de Andrade

Existirá de verdade? Ou existirá apenas a vontade de que exista?

Ufa!

Devo começar por dizer que estou extenuada. Foi um fim de semana fantástico, mas foi daqueles que depois se precisa de descansar deles. Aliás, só cá estou a escrever este post agora, porque me obriguei, porque sei que se deixo para depois, provavelmente não o faço.

Obviamente que o fim-de-semana começou na Sexta, e foi na Sexta que começou a canseira (no bom sentido).

Agora a sério! :)

Sexta à noite fui assistir a um concerto da Orquestra do Norte no auditório do IPP, com o pianista António Rosado. Foi um concerto maravilhoso, que na minha opinião atingiu o seu auge com o Bolero de Ravel.

Só posso dizer que saí extasiada. E, ainda por cima, a entrada era livre. :)

No Sábado, o dia começou cedo, demasiado cedo, devo dizer, já que o dia anterior acabou muito tarde!:P E começou com a tomada de posse dos Corpos Gerentes do SPN. Foi interessante porque eu nunca tinha estado numa tomada de posse. Mas, de facto, foi apenas ver pessoas assinar um livro! :) Eu fui porque uma das pessoas a assinar é importante para mim.

Almocei na Ribeira, um prato bem à moda do Porto. Tripas! Ainda hoje estou cheia.

(pausa)

Já é Segunda. O cansaço ontem era demasiado.

Ora, ia nas tripas...

Depois de almoço, o destino foi a Quinta da Bonjóia, para a feira da cereja. A feira estava bem ao meu gosto, produtos artesanais, tradicionais e, ainda, produtos biológicos. As compras foram variadas, entre as quais, como não podia deixar de ser, cereja de Resende. Deliciosa!

Do Porto fui para Vila do Conde e, em seguida, Amarante. Aqui foi só jantar e, ainda antes da meia noite, cama. :)

Domingo, a manhã começou tarde. Aproveitei para ir visitar um terreno onde futuramente se localizará a minha casa. ;) Só lá tinha ido uma vez, chama-se "Troviscais" e tem uma vista linda! Pode inclusive ver-se o Mosteiro de S. Gonçalo. Quem adorou foi o Tomás!

O almoço e o resto da tarde foi passado em família. O que é sempre muito cansativo, já que falamos todos alto e muitas vezes ao mesmo tempo! Se não fossemos Portugueses, seríamos, de certeza, Italianos!


Mimos da Bonjóia:

Hortênsias

Brincos de Princesa e flor da romãzeira


Flor do maracujá


Não sei o que são.

Dos "Troviscais":

Outros mimos :)

Já são 19:54h de Segunda. Terminei finalmente o post. :)

Little things

Apesar de ter passado o fim-de-semana a corrigir os testes intermédios, ainda consegui arranjar um tempinho para terminar um tricote começado já há algum tempo. O objectivo foi aperfeiçoar o ponto de cruz e, como irão ver, consegui! :)
É uma toalhinha de tabuleiro.


Vejam que perfeição de avesso! :D

É bom saber que há alguma coisa em que evoluímos. ;)


Algumas notas do Bom Jesus. Há sempre coisas que merecem ser fotografadas.

Há muito tempo que não via estas flores:


Um toque de azul:


Adoro estas pedras, fazem-me imaginar os Celtas nos seus rituais em homenagem à Mãe-Terra (será que os celtas homenageavam a Mãe- Terra? Tenho a impressão que sim. )


A seguir a esta foto eu e o Tomás fugimos a correr. Apercebi-me de alguém a espreitar por trás de umas árvores e não quis ficar para saber quem era. :D


O que faz uma rapariga para se divertir ao Domingo de tarde?

(Há uma semana em Amarante)

Ooopsssss

" De cada vez que apontas o dedo a alguém tens outros três apontados a ti" :D

Nunca tinha ouvido esta expressão até esta semana, mas hoje ouvi-a pela segunda vez. Penso que o sentido a tirar daqui é que se apontamos o dedo, dizendo que alguém é responsável por algo, temos de pensar que também nós temos responsabilidades sobre o que aconteceu.

No fundo, isto é verdade. Como a ouvi pela segunda vez hoje, quando ia para o treino de capoeira, não consegui dissociá-la do que aconteceu na semana passada no treino. Eu sou a responsável principal do que aconteceu, porque deixei demasiado à vontade para poderem falar assim comigo, pessoas que eu nem sequer conheço bem. Deixei-as aproximar demasiado, apenas porque são do mesmo grupo que eu.

Pensando bem, faço isso demasiadas vezes, e depois, quando menos espero, "levo um murro no estômago".

É outro dos meus maus-hábitos: toda a gente é boa gente.

Tenho de perceber que há pessoas boas e outras menos boas em qualquer sítio que me movimente e, portanto, tenho de manter a distância até perceber se são ou não dignas da minha confiança.

Mais uma lição disponível para ser aprendida! Espero não me esquecer dela... :)

Penélope! :)

Hoje recebi uma honra enorme, da qual fiquei tão orgulhosa que não posso deixar de a referir aqui! :)

Um colega da escola (amigo virtual, dado que os nossos contactos são feitos, na sua maioria, pela internet) fez-me uma dedicatória. Ele é o autor do blog Dardo Meu. Nem sei se ele imagina o quanto o seu gesto foi importante para mim... É uma pessoa por quem eu tenho muita admiração (depois de lerem o seu blog, vão entender) e respeito.

Obrigada, Luís!




Houve outra coisa hoje que também me fez feliz. Não sei se se lembram do meu casaco vermelho em crochet... pois hoje, levei-o pela primeira vez para a escola. Recebi tantos elogios, que fiquei feliz por ter tido coragem de o usar! ;) Houve até quem dissesse que tinha um ar romântico (o casaco, não eu! :P).

Eu Posso! Eu Quero! E Eu Mando!

Num mundo que se quer democrático, o "posso, quero e mando" impera.

Seja em poderes grandes, em poderes pequenos, ou mesmo nos poderes pequenininhos. Se estivermos atentos, nem é preciso estarmos muiiiiito atentos, basta assim assim, vemos que muitas pessoas que se pretendem líderes têm este tique.

Imaginem um líder eleito para determinado cargo... ora se foi eleito, é porque o que pregava estava em conformidade com o que o povo que o elegeu queria. Mas se a partir de uma determinada altura, por alguma razão, o líder faz alguma coisa que não está em conformidade com a vontade de quem o elegeu, é óbvio que tal será assinalado, por mais nenhuma razão a não ser preservar o bem-estar.
O problema é que líderes com tiques de ditadores (esta expressão é gira e está na moda) depressa se esquecem que estão ali porque o elegeram e entendem que aquele lugar é seu e, por isso, podem fazer o que bem lhes apetece e ninguém, mesmo ninguém pode apontar-lhes o dedo! Quem o fizer torna-se de imediato num alvo a abater! E aqui os líderes começam a espernear e a perder a noção do que podem ou não fazer e institui-se o "posso, quero e mando"!

O líder perdeu o rumo!

Que aconteceu? Onde ficou o objectivo primeiro de trabalhar para o bem de todos? Alguma vez aquele líder teve, de facto, o sonho de trabalhar para fazer feliz o seu povo, ou foi o seu umbigo que o conduziu até ali?

Outra questão é: aquele líder acredita realmente que com esse tipo de atitude consegue manter o cargo? Então, a história não serve de nada? Tantas vezes se viram líderes a serem depostos...


Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii :(
...com tantas questões fiquei confusa e esqueci-me do objectivo deste post... :P

Vou deixar passar algum tempo e quando tiver a cabeça arrumada talvez volte ao tema num outro post.

Foi Mãe...

... pela primeira vez, a minha muito querida amiga Joana. Uma menina nascida por volta das 11:20h com 2,700 kg, no dia 13 de Maio.

Um dia lindo para se ser mãe, dada a conotação religiosa do dia...

Mas também para uma pessoa tão especial como a Joana, nem chego a ficar surpreendida, tinha de ser mesmo num dia assim.

Não conheço mais ninguém como ela, é diferente... É extremamente sensível, as coisas pequeninas que passam despercebidas à maioria das pessoas, tocam-lhe. Claro, que se por um lado isto é muito bom, porque há imensas coisas que a fazem feliz, por outro lado também é mais fácil ser magoada.

Com ela posso falar de coisas que mais ninguém consegue dar valor. Seja das coisas mais simples, como a cor de uma flor ou do canto de um pássaro,ou de coisas complexas e difíceis, como o quanto há de errado neste mundo.

É assim a minha Joana! Uma grande mulher, uma grande amiga!

Claro que não posso esquecer o pai da criança! :D

Simpático, divertido, daqueles homens que estão bem com toda a gente e com quem estámos sempre bem. Convidámo-lo para uma festa e rapidamente ele está mais à vontade com os restantes convidados do que nós, os anfitriões. Sabem aquelas alturas em que precisamos de alguém para resolver alguma coisa e não temos ninguém por perto? Podemos telefonar ao Carlos. Ele está sempre disponível para ajudar. Também está sempre disponível para a borga! :)

Enfim, duas pessoas especiais que o universo juntou já há muitos anos e que hoje receberam uma das maiores bençãos que alguém pode ter.

PARABÉNS A AMBOS!

Maus hábitos

Eu tenho um mau hábito - quer dizer, tenho vários, mas agora só vou falar deste - que me tem trazido vários dissabores.

Eu tenho o hábito de dizer o que penso, no momento em que o penso (um amigo meu diz que tenho o coração à beira da boca).

Claro que quando penso algo de bom e, de imediato, o digo à pessoa, ou a felicito por ter realizado aquele feito, isso não me traz problemas. O que me traz problemas é quando eu não gosto do que vejo e da mesma forma o digo às pessoas. Aí a coisa muda de figura.

A razão deste post prende-se a uma situação que aconteceu na quinta-feira passada, no fim do treino de capoeira. Estávamos sentados em círculo a conversar, quando um comentário de um dos graduados - alunos com uma corda mais elevada - me fez intervir e fazer uma crítica - construtiva - sobre o mesmo assunto. Estava tudo muito bem, havendo até pessoas a concordar comigo, quando, de repente, uma das meninas (menina, porque não sei se já terá 20 anos) resolve aproveitar a conversa para me atacar pessoalmente. Ou seja, a minha característica (pessoal, claro) que tanto me faz elogiar como criticar foi chamada para a roda. E fui atacada ferozmente, pela dita menina, que se aproximou tanto das peixeiras (sem ofensa às peixeiras) que só lhe faltou pôr as mãos à cintura. Quer dizer, não garanto que não o tenha feito, aliás até é muito provável que tenha mesmo posto às mãos à cintura, tal foi a peixeirada.

A menina queixou-se da forma como eu me dirijo aos referidos graduados, porque eu não lhes posso falar assim (o porquê da menina se doer por causa da forma como eu me dirijo aos graduados, é que eu não entendi...). E, os graduados presentes, ficaram tão contentes que se puseram imediatamente do lado dela (estes graduados a que me refiro são dos que mais receberam de mim reforços positivos, mas no momento isso não contou).

Note to self: Os intocáveis, não podem ser criticados... Porque são tão susceptíveis e inseguros que não aceitam críticas.

Tradução: Crítica=Ameaça (para certas pessoas)

Mas a minha questão é: se eu falo tanto para o bem como para o mal, porque é para certas pessoas do grupo eu sou "Chaveirinho, a ranhosa, que não respeita os mais graduados e os critica...", e não sou "Chaveirinho, a fixola, que reconhece e valoriza os feitos das pessoas"? Principalmente, porque quem eu critico, são os mesmos que eu felicito.

Pois bem, há uma lição que eu tenho a tirar daqui:

Chaveirinho, POR QUÉ NON TE CALLAS?

Vida Real

De há uns meses para cá os meus post's têm sido mais escassos e num tom menos alegre do que o que costumavam ser. A verdadeira culpada disto é a "vida real".

A "vida real" não dá tréguas, é uma constante batalha, principalmente para mim que não ainda não estou a 100% do problema de saúde que tive. É tudo uma grande confusão! Parece que é normal, segundo literatura acerca do problema referido.

A minha cabeça está uma grande confusão e organizá-la é um esforço quase sobrehumano. Essa confusão reflecte-se em todas as áreas da minha vida. É na profissão, é na relação com as pessoas, até mesmo na minha casa e no meu carro!

De vez em quando a vontade de mudar tudo radicalmente surge, e então faço planos para sair desta cidade, de deixar esta profissão, de deixar os meus hobbies, etc, etc... A sorte é que tenho uma família fantástica que me apoia incondicionalmente e me ajuda em tudo. São pessoas extremamente inteligentes, sensíveis, afectuosas, uma família como toda a gente tem o direito de ter, mas infelizmente isso não acontece e, muitas vezes, as pessoas perdem-se.

Um dos conselhos que me foi dado é viver um dia de cada vez, e quando mesmo assim é difícil, viver uma hora de cada vez. Mas às vezes até mesmo viver uma hora de cada vez é difícil...

Outro conselho foi que eu não devia tomar decisões muito definitivas e sérias enquanto estivesse neste estado de confusão. Desde há algum tempo que ando a preparar a minha saída da carreira docente, mas ontem ocorreu-me se a vontade que eu tenho de deixar de ser professora não teria a ver com esse meu estado...

Decidi, então, deixar correr... viver um dia de cada vez, quando for difícil, uma hora de cada vez; não tomar decisão nenhuma e, principalmente, distanciar-me (emocionalmente) de tudo para ver se consigo encontrar alguma serenidade.