segunda-feira, 12 de maio de 2008

Maus hábitos

Eu tenho um mau hábito - quer dizer, tenho vários, mas agora só vou falar deste - que me tem trazido vários dissabores.

Eu tenho o hábito de dizer o que penso, no momento em que o penso (um amigo meu diz que tenho o coração à beira da boca).

Claro que quando penso algo de bom e, de imediato, o digo à pessoa, ou a felicito por ter realizado aquele feito, isso não me traz problemas. O que me traz problemas é quando eu não gosto do que vejo e da mesma forma o digo às pessoas. Aí a coisa muda de figura.

A razão deste post prende-se a uma situação que aconteceu na quinta-feira passada, no fim do treino de capoeira. Estávamos sentados em círculo a conversar, quando um comentário de um dos graduados - alunos com uma corda mais elevada - me fez intervir e fazer uma crítica - construtiva - sobre o mesmo assunto. Estava tudo muito bem, havendo até pessoas a concordar comigo, quando, de repente, uma das meninas (menina, porque não sei se já terá 20 anos) resolve aproveitar a conversa para me atacar pessoalmente. Ou seja, a minha característica (pessoal, claro) que tanto me faz elogiar como criticar foi chamada para a roda. E fui atacada ferozmente, pela dita menina, que se aproximou tanto das peixeiras (sem ofensa às peixeiras) que só lhe faltou pôr as mãos à cintura. Quer dizer, não garanto que não o tenha feito, aliás até é muito provável que tenha mesmo posto às mãos à cintura, tal foi a peixeirada.

A menina queixou-se da forma como eu me dirijo aos referidos graduados, porque eu não lhes posso falar assim (o porquê da menina se doer por causa da forma como eu me dirijo aos graduados, é que eu não entendi...). E, os graduados presentes, ficaram tão contentes que se puseram imediatamente do lado dela (estes graduados a que me refiro são dos que mais receberam de mim reforços positivos, mas no momento isso não contou).

Note to self: Os intocáveis, não podem ser criticados... Porque são tão susceptíveis e inseguros que não aceitam críticas.

Tradução: Crítica=Ameaça (para certas pessoas)

Mas a minha questão é: se eu falo tanto para o bem como para o mal, porque é para certas pessoas do grupo eu sou "Chaveirinho, a ranhosa, que não respeita os mais graduados e os critica...", e não sou "Chaveirinho, a fixola, que reconhece e valoriza os feitos das pessoas"? Principalmente, porque quem eu critico, são os mesmos que eu felicito.

Pois bem, há uma lição que eu tenho a tirar daqui:

Chaveirinho, POR QUÉ NON TE CALLAS?

2 comentários:

Tereclopes disse...

Se há pessoas que muito perderam por falar demais, eu sou uma delas.Quando tinha a tua idade não pensava antes de falar e depois apesar de ter razão muitas vezes acabava por sobrar para mim. Com a idade fui aprendendo a controlar-me, e, aprendi a viver. Sabes, temos que saber viver... é que a nossa sinceridade não é entendida e muitas vezes o que é mais grave, é distorcida e serve de aproveitamento para nos atacarem, pessoas que sem isso, nunca teriam a frontalidade para fazê-lo. Por isso só tenho um conselho a dar-te se mo permites, primeiro defende-te e depois, só depois passa ao ataque.Para o teu feitio, assim como o meu isto é muito difícil mas treina e vais ver como resulta...
Beijocas

Anónimo disse...

Ainda bem que tens o coração à beira da boca! Ter-te de volta a este e ao meu espaço (a que chamam virtual)deixa-me muito feliz!