sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti


Quando ontem li a notícia de que Pavarotti tinha falecido, achei inacreditável. Achámos sempre que pessoas como ele são imortais. Pensei, também, que agora nunca teria oportunidade de o ouvir ao vivo. :(
A imagem que tenho dele, é a de um homem bonacheirão, excêntrico e um pouco irónico. Não sei se esta impressão corresponde à realidade, mas é a que ele deixou em mim.
Faço-lhe aqui a minha homenagem e agradeço tudo o que nos ofereceu!

No jornal Público online, encontrei as reacções das mais diversas pessoas em todo mundo. Deixo-as aqui para mais tarde recordar:

" Reacções à morte de Luciano Pavarotti
06.09.2007 - 16h59 PUBLICO.PT, com agências


Os amigos de Luciano Pavarotti começaram a chegar esta manhã à porta da casa do tenor, na cidade de Modena, em Itália. Por todo o mundo, palavras de adeus, de saudade e de elogio lembram a vida de Pavarotti, que faleceu hoje, aos 71 anos de idade.

Franco Zeffirelli, maestro italiano: "Havia tenores e havia Pavarotti”.

Ópera Real de Londres: "Um dos raros artistas que tocam verdadeiramente a vida das pessoas, de todos os horizontes e no mundo inteiro".

Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas: "Ao organizar concertos e ao incentivar os seus amigos talentosos a contribuir nas angariações de fundos, conseguiu juntar milhões de euros para ajuda humanitária".

George W. Bush, presidente dos Estados Unidos: "Pavarotti era também um grande militante das causas humanitárias, que se servia do seu talento admirável para reunir um apoio enorme às vítimas de tragédias em todo o mundo".

Gabriela Canavilhas, presidente da AMEC, Associação Música, Educação e Cultura: "Foi o maior fenómeno de comunicabilidade na cena lírica mundial. Mais do que um músico era um cantor, com um enorme instinto e um apurado sentido de carreira que o levou sempre a trilhar caminhos de sucesso, escolhendo os papéis mais adequados, indo ao encontro do gosto popular".

Jose Carreras, tenor espanhol: "Era também especilista em gastronomia, área que tanto gostava. Um bom amigo dos seus amigos e um grande jogador de pocker".

Seiji Ozawa, maestro japonês: "Era meu amigo há várias décadas. O seu timbre era tão distinto que o identificava automaticamente, por exemplo de cada vez que o ouvia as músicas dele num restaurante".

José Manuel Barroso, Presidente da Comissão Europeia: "É um dia triste para a cultura da ópera na Europa. A sua desaparição priva o mundo, a ópera e a cultura europeia de um dos artistas mais amados e respeitados".

Romano Prodi, presidente italiano: "Uma grande voz da música e da Itália desaparece com o mestre Luciano Pavatotti. Levou a todo o mundo a imagem artística mais autêntica do nosso país, suscitando emoções e revelando paixões".

Silvio Berlusconi, ex-presidente italiano: "Pavarotti era o embaixador da nossa música, da nossa cultura e das nossas tradições”.

Pedro Chaves, director da Companhia Portuguesa de Ópera: "Foi uma personagem que conseguiu trazer a ópera para fora do público tradicional da ópera".

Ana Paula Russo, cantora lírica: "A mais bela voz de tenor que se conhece".

Ruy Vieira Nery, director de música da Fundação Calouste Gulbenkian: "Luciano Pavarotti era um fenómeno de popularidade rara que ultrapassou os limites da música erudita".

Plácido Domingo, tenor espanhol: "Sempre admirei a sua voz divina, com o seu inconfundível timbre e alcance vocal. Adorava o seu sentido de humor. Às vezes, nos nossos concertos com Jose Carreras, esquecíamo-nos que estávamos a actuar à frente do público, porque nos divertíamos imenso".

Bono Vox, vocalista da banda U2: "Alguns sabem cantar ópera, Luciano Pavarotti era uma ópera. Vivia as músicas, a ópera dele era uma grande mistura de alegria e tristreza, surreal e terrestre ao mesmo tempo; um grande vulcão que cantava fogo mas derramava um amor pela vida em toda a sua complexidade, um enorme e generoso amigo".

James Levine, director musical da Ópera Metropolitana de Nova Iorque: "A voz de Luciano era tão extraordinariamente bela e saia-lhe tão natural e tão directa que o seu canto falava ao coração dos ouvintes, quer soubessem alguma coisa de opera quer não".

Nicolas Sarkozy: "Luciano Pavarotti era o melhor cantor clássico conhecido no mundo, a melhor encarnação do tenor popular depois de Enrico Caruso. As suas qualidades artísticas, o seu calor e o seu charisma seduziram o mundo inteiro".

Ioan Holender, director da Ópera Nacional de Viena: "Isto significa a perda da mais bonita voz tenor do meu tempo e perda de um ser humano que teve um impacto extraordinário pela sua arte e que se entregou totalmente à sua audiência".

Andrea Bocelli, tenor italiano: "A dor no meu coração só se alivia porque a arte dele fica entre nós".

Russell Watson, tenor britânico: "Ele tinha uma força enorme, era incrível, viveu a vida ao máximo. A voz dele era tão distinta que só se precisava de ouvir um bocadinho para perceber que era ele, tinha um enorme poder e controlo". "

1 comentário:

Anónimo disse...

Pavarotti, uma voz fabulosa e inesquecível, que o tempo tornará eterna. Bem merece a homenagem.
Beijocas