Problemas psicológicos

Acabou de passar uma notícia na RTP1, em que 2 milhões de portugueses têm problemas psicológicos. 2 milhões??!! Nós somos 10 milhões. Isto quer dizer que 1/5 da população portuguesa tem problemas psicológicos (ou seja, 1 em cada 5 portugueses).
Mas, pensando bem, até que consigo perceber estes números. Falando do meio a que eu pertenço, muitos desses doentes devem ser professores, contando aqui, com depressões e esgotamentos. E, provavelmente, inúmeros casos que não foram ainda identificados.
Para quem acha que não, vejamos alguns dos sintomas de uma depressão:

• Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);
• Perturbações do sono (sonolência ou insónia);
• Fadiga, cansaço e perda de energia;
• Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade;
• Falta ou alterações da concentração;
• Preocupação com o sentido da vida e com a morte;
• Desinteresse, apatia e tristeza;
• Alterações do desejo sexual;
• Irritabilidade;
• Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo.

(retirado do site Portal da Saúde)

Para perceber o que eu quero dizer, quando refiro que muitos daqueles doentes devem ser professores, basta fazer uma pesquisa no Google (páginas de Portugal) sobre SOS Professor- 808962006 - que é uma linha de apoio destinada a dar apoio aos professores, e ver o que dizem os resultados.


De forma alguma quero ficar aqui a falar sobre este assunto muito mais tempo, até porque me angustia. Mas, para os professores, que por acaso leiam este blog, avaliem-se bem, porque muitas vezes aquilo que sentimos, tal como ansiedade, pânico, insegurança, tristeza e, principalmente, quando questionamos se vale a pena estarmos vivos, não é o que somos, mas acontece porque estamos doentes. E, procurando ajuda, psiquiátrica ou psicológica, podemos ficar melhores e, muito mais importante, mais felizes!


Aqui deixo o meu apoio a todos os professores que, neste momento, são tal maltratados e, que tanto dão de si, ao ponto de quase se destruírem, por um sistema que não merece.