segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Eu e os Livros

A minha relação com os livros é de sempre. Desde que me lembro, tive sempre um livro de cabeceira. Para mim, a ideia de não estar a ler um livro (às vezes, vários) é profundamente descabida.

Acho que a cada fase da vida corresponde um determinado tipo de literatura, raramente consegui reler um livro. A maior parte das vezes, como não conseguia obter o prazer da primeira vez, ficava desiludida.

Lembro-me, quando era miúda, nas férias, de passar tardes deitada no chão do Quarto de Estudo rodeada de livros.

Lembro-me dos livros da Verbo, que a minha Mãe dizia: "os livros da Verbo são muito bons, muito educativos".
Lembro-me, mais tarde, dos Cinco, dos Sete, da colecção Mistério, das Gémeas, do Colégio das Quatro Torres, da Patrícia, etc, etc...
Depois, já com 13 anos (lembro-me da idade, não sei bem porquê) Christiane F., Viagens ao Mundo da Droga, que são dois livros que me marcaram muito.

E, depois, todos os livros que me vinham parar à mão, muitos dos quais em casa da minha irmã mais velha, onde não há uma parede que não tenha uma prateleira com livros: Agatha Christie, Raymond Chandler, Dashiell Hammett, Arthur Conan Doyle, e muitos, muitos, muitos outros autores de romances policiais. Decameron, que eram uns livros grandes com histórias eróticas :D. O Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos, O Principezinho e centenas de outros.

Na universidade, no meu grupo de amigos, foram obrigatórios Herman Hesse e Albert Camus.

Lembro-me também da fase Paulo Coelho, num ano em que fui passar férias a Peniche e, por acaso, levei um livro dele, não me lembro já qual, e aqueles assuntos de que ele falava assentaram-me como uma luva. Identifiquei-me tanto, que li um por dia, todos os dias ia à livraria comprar um. Pobre da pessoa que me acompanhou nessas férias! Mas esses livros, naquela altura, mudaram-me a vida. E, o que é engraçado, é que passado cerca de um ano, ofereceram-me um, que era o mais recente na altura, e eu rejeitei totalmente o tipo de literatura e até hoje não li mais nenhum.

Desde então, até agora, tenho lido mais ou menos um pouco de tudo. Entretanto abriu a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, que eu adoro. A facilidade de acesso a todo o tipo de temas tem-me levado por vários caminhos.
Aqui está uma pequena amostra:


Foram os 3 que trouxe hoje! :)

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